5856 - Compósitos - análise de falhas/danos e reparação

Reflexão

A UFCD 5856 tem como principais objectivos diferenciar as falhas dos danos que podem ocorrer num processo de fabrico com componentes; identificar e caracterizar os danos intralaminares; identificar e caracterizar os danos interlaminares e ainda reconhecer os principais procedimentos de reparação de danos/falhas em peças fabricadas com materiais compósitos.

Durante as sessões desta unidade começámos primeiramente a parte teórica da matéria onde tivemos conhecimento dos tipos de danos e falhas que existem, assim como, os procedimentos de reparação utilizados na Indústria Aeronáutica.

Dos tipos de defeitos estudados podemos então realçar a delaminação, as fibras desfiadas, bolhas de ar, enrugamento, corpos estranhos (excesso de desmoldante, películas), entre outros. Em algumas peças que em módulos anteriores foram feitas conseguimos visualizar e analisar estes defeitos que mencionei.

Tivemos sempre presente que, na maior parte das vezes, as reparações ocorrem à temperatura ambiente por impregnação manual, são curadas a frio, ou utilizam-se aquecedores ou estufas, contudo, neste caso a temperatura nunca pode ultrapassar os 65ºC. Outra forma de reparação é a reparação a quente (Hot Bonder), utilizada em materiais pre-preg de cura a 121ºC ou 177ºC. Uma reparação não devolve a resistência original à peça.

Ao longo desta UFCD também tivemos possibilidade de aplicar as técnicas utilizadas nas reparações, para tal, utilizamos peças que anteriormente tinham sido feitas.

Começámos a parte prática do módulo tendo sempre presente que para as reparações são necessários os seguintes EPI’s: fato completo para a reparação; botas de segurança; máscara de poeiras para a reparação; máscara para químicos (libertação de COV) para a aplicação da resina; óculos; luvas mecânicas para a reparação; luvas de nitrilo para a aplicação da resina e ainda supressores para a reparação.

Na sala de acabamentos começámos a preparar a reparação da peça do “ninho de abelha” que tinha sido feita com pre-preg, onde primeiramente marcámos com fita a zona onde foi feita a reparação e sempre em forma circular retiramos as camadas de fibra de carbono e o ninho de abelha em si, com o auxílio do roloc. Posteriormente, na sala limpa, cortámos os tecidos de acordo com a orientação que estava presente no desenho técnico da peça. Aplicámos esses tecidos e posteriormente o filme desmoldante, seguido da manta drenante e da chapa metálica onde colocámos também os termopares, posto isto, foi colocada a manta de aquecimento e feito o ensacamento total da peça, depois fizemos a ligação ao Hot Bonder, onde esteve em processo de cura 57 minutos, terminado esse tempo, retiramos o ensacamento da peça e demos acabamento à mesma onde a zona reparada foi lixada suavemente.

No acabamento temos que ter cuidado e atenção para não provocar danos na camada adicional que é colocada aquando da reparação.

Mais a frente também fizemos a reparação de uma outra peça do “ninho de abelha” mas que foi feita por impregnação manual. Foram retiradas somente as primeiras duas camadas da peça, uma de fibra de vidro e outra de fibra de carbono, novamente em forma circular, pois as reparações todas têm que ser feitas desta forma. Desta forma efectuámos reparação em mais algumas peças que nos foram fornecidas pela formadora.

Com o resultado final do módulo estou muito satisfeita, pois considero uma mais-valia a aprendizagem desta técnica que é a reparação. Mais uma vez ao longo das sessões implementei a melhoria contínua dos 5S’s onde conclui as tarefas que diariamente me foram atribuídas. Neste módulo foi realizado um teste de escolha múltipla, e como referi anteriormente a reparação das duas peças que foram concretizadas em grupo, coloco assim em evidência o teste e as imagens da reparação pois demonstram os conhecimentos por mim adquiridos ao longo das sessões.